Segundo fontes confiáveis, o governo francês negociava, em segredo, com mediação e respaldo da Venezuela e do Equador, a libertação de Ingrid Bettancourt. Como se sabe, a refém, de origem francesa, ex-candidata à Presidência da Colômbia, atravessa problemas gravíssimos de saúde. Se não receber atendimento médico urgente, sua morte é inevitável.
O acampamento onde foram assassinados Raúl Reyes e outros guerrilheiros seria uma base avançada para desenvolver as negociações, talvez mesmo libertar a refém. O contato com misteriosos “especialistas” dos EUA, sem missão específica, indica que Álvaro Uribe sabia há semanas das movimentações da guerrilha na selva equatoriana.
Ele decidiu agir agora porque a soltura de Bettancourt era iminente. Agiu para impedir que uma refém fosse salva sem o seu beneplácito, para submeter as negociações ao escrutínio do governo e à estratégia de confronto e aniquilação imposta e financiada pelos EUA.
As administrações Bush e Uribe desprezam a tragédia humana envolvida no conflito com as Farcs. Querem apenas continuar essa guerra inútil e estúpida, que ninguém pode vencer, nem mesmo seus poderosos militares.
2 comentários:
Querido Guilherme, se a negociação da França era secreta como Uribe iria saber?
E vocÊ queria que ele chegasse fazendo festa no acampamento das FARC? ele agiu corretamente, chegou de surpresa e matou os guerrilheiros. vc acha isso ruim?
e com certeza a venezuela e o equador mediavam as negociações, eles são cúmplices das farc desde 1990 no foro de São Paulo.
Olá, Guilherme.
Inseri um comentário à guisa de resposta na postagem "Estados delinquentes", de 10 de março.
Guilherme
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