A chegada de um novo filme de Sidney Lumet deveria ser comemorada em praça pública. Pois rejubilemo-nos: aos 84 anos, 51 de carreira, o mestre continua em forma.
Seria impossível realizar um apanhado responsável de sua carreira em poucas linhas. Basta dizer que “Doze homens e uma sentença” (1957) foi seu primeiro longa, seguido por dezenas de outros, incluindo “Serpico” (1973), “Um dia de cão” (1975), “Rede de intrigas” (1976), “Armadilha mortal”, “O Veredicto” (ambos de 1982) e assim vai.
Os maiores atores do pós-guerra trabalharam com ele: Henry Fonda, Katharine Hepburn, Marlon Brando, Sophia Loren, Sean Connery, Lauren Bacall, Al Pacino, Ingrid Bergman, Michael Caine, Paul Newman, Walter Matthau... a lista é interminável.
O que mais ressalta em Lumet é um profundo sentido de dignidade, que perpassa toda sua obra. Mesmo nos filmes mais evasivos há uma constante crítica de reflexão sobre a sociedade estadunidense e a condição humana. Os personagens são invariavelmente complexos; neles pulsa o germe da grandiosidade. Possuem uma nobreza atemporal que remete às tragédias gregas e ao teatro shakespeariano.
Clássico deslocado no tempo, Lumet transformou o mundo contemporâneo no palco dos dilemas que outrora escapavam ao cinema de entretenimento. Sim, porque é disso que se trata: Lumet não se envergonha de trabalhar no seio da indústria cultural, utilizando estrelas e padrões narrativos consagrados para veicular um discurso mais libertário do que o existente em muitos experimentalismos cosméticos.
“Antes que o diabo...” talvez seja seu filme mais amargo, e certamente é um dos mais cruéis já realizados. Pesado. Mas quisera Deus todos os dramalhões estadunidenses possuíssem esse rigor narrativo, esse domínio técnico, esse elenco soberbo. As atuações de Albert Finney e Philip Seymour Hoffman já entraram para qualquer antologia – como, aliás, sói acontecer com os atores dirigidos por Sidney Lumet.
Seria impossível realizar um apanhado responsável de sua carreira em poucas linhas. Basta dizer que “Doze homens e uma sentença” (1957) foi seu primeiro longa, seguido por dezenas de outros, incluindo “Serpico” (1973), “Um dia de cão” (1975), “Rede de intrigas” (1976), “Armadilha mortal”, “O Veredicto” (ambos de 1982) e assim vai.
Os maiores atores do pós-guerra trabalharam com ele: Henry Fonda, Katharine Hepburn, Marlon Brando, Sophia Loren, Sean Connery, Lauren Bacall, Al Pacino, Ingrid Bergman, Michael Caine, Paul Newman, Walter Matthau... a lista é interminável.
O que mais ressalta em Lumet é um profundo sentido de dignidade, que perpassa toda sua obra. Mesmo nos filmes mais evasivos há uma constante crítica de reflexão sobre a sociedade estadunidense e a condição humana. Os personagens são invariavelmente complexos; neles pulsa o germe da grandiosidade. Possuem uma nobreza atemporal que remete às tragédias gregas e ao teatro shakespeariano.
Clássico deslocado no tempo, Lumet transformou o mundo contemporâneo no palco dos dilemas que outrora escapavam ao cinema de entretenimento. Sim, porque é disso que se trata: Lumet não se envergonha de trabalhar no seio da indústria cultural, utilizando estrelas e padrões narrativos consagrados para veicular um discurso mais libertário do que o existente em muitos experimentalismos cosméticos.
“Antes que o diabo...” talvez seja seu filme mais amargo, e certamente é um dos mais cruéis já realizados. Pesado. Mas quisera Deus todos os dramalhões estadunidenses possuíssem esse rigor narrativo, esse domínio técnico, esse elenco soberbo. As atuações de Albert Finney e Philip Seymour Hoffman já entraram para qualquer antologia – como, aliás, sói acontecer com os atores dirigidos por Sidney Lumet.
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