Ainda transcorria a apuração dos votos e os comentaristas políticos se apressavam a divulgar suas análises sobre os pleitos municipais. A ideologia comandou o espetáculo. Entre achismos botequineiros e bravatas de militante, vale qualquer absurdo retórico para defender as próprias convicções.
As eleições não podiam ser federalizadas quando anunciavam um triunfo do governo Lula, mas agora podem sim, desde que evidenciem uma derrota do presidente. Derrota que, a propósito, depende de critérios muito maleáveis: afinal, o “vitorioso” PMDB pertence à base governista, ou apenas quando convém a seus detratores? É concebível um sistema político no qual oposição e situação perdem a mesma disputa?
Toneladas de porcaria tendenciosa será dita e escrita por esses politiqueiros dissimulados, até que o segundo turno permita uma avaliação criteriosa e definitiva sobre as eleições. Haja paciência.
Um comentário:
Depois de ver Arnaldo Jabor tentando ridicularizar Evo Morales e Hugo Chávez apelando para a "feiúra" de seus traços indígenas (segundo ele, Morales parece Mercedes Sosa com a peruca do Zacarias dos Trapalhões, enquanto Chávez não é mais bonito do que um leão-de-chácara de inferninhos da Praça Mauá), sinceramente desisti dessa gente. Desligo a TV mais cedo e vou ler e ouvir música, antes de pegar no sono. Minha paciência para esses asnos pagos a peso de ouro e para os dementes que saem pela rua repetindo o que ouvem, como papagaios, e ainda se achando muito inteligentes por isso, esgotou-se.
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