Obrigações profissionais levam-me frequentemente a participar de licitações em várias instâncias. Quase não há pregão para serviços que não contenha exigências absurdas em edital ou propostas vencedoras tecnicamente inviáveis. As lacunas da lei 8666 permitem, os tribunais fazem vistas grossas, ninguém reclama. Vez em quando vaza alguma fraude e as autoridades fazem cara de espanto. Pois é.
Não surpreende que o rabicho do TCE paulista apareça nas investigações do escândalo Alstom-PSDB. Nem que haja tamanha resistência a investigar, em ambiente político, algo que teria derrubado vinte Dirceus e Paloccis. Em breve o Judiciário será obrigado a resolver dezenas de inquéritos abertos. Mas duvido que haja qualquer resultado satisfatório: o caso envolve gente demais, dinheiro demais, paulistas demais, tucanos demais. Seria um castelo de cartas desmoronando, pondo abaixo o que resta do PSDB histórico, atingido em seu ninho original.
Com todo esse chorume sendo escoado, os jornais preferem destacar a suspensão de meia dúzia de obras do PAC, ordenada pelo... TCU do ministro Ubiratan Aguiar, ex-deputado federal pelo... PSDB, da turma do Rodoanel. Quando Aguiar foi nomeado para o TCU, em abril de 2001, ninguém no jornalismo corporativo teceu qualquer crítica a seus vínculos partidários (você sabe quem compõe o Tribunal de Contas de seu Estado?). O silêncio se repete agora, quando o TCU se manifesta apenas contra o PAC, poupando o interminável Rodoanel.
Assim funcionam as instâncias responsáveis por fiscalizar os investimentos públicos da Copa do Mundo e das Olimpíadas. E assim reage a imprensa dita democrática, em tese dedicada a cobrar o rigor daqueles mesmos órgãos escrutinadores.
Não surpreende que o rabicho do TCE paulista apareça nas investigações do escândalo Alstom-PSDB. Nem que haja tamanha resistência a investigar, em ambiente político, algo que teria derrubado vinte Dirceus e Paloccis. Em breve o Judiciário será obrigado a resolver dezenas de inquéritos abertos. Mas duvido que haja qualquer resultado satisfatório: o caso envolve gente demais, dinheiro demais, paulistas demais, tucanos demais. Seria um castelo de cartas desmoronando, pondo abaixo o que resta do PSDB histórico, atingido em seu ninho original.
Com todo esse chorume sendo escoado, os jornais preferem destacar a suspensão de meia dúzia de obras do PAC, ordenada pelo... TCU do ministro Ubiratan Aguiar, ex-deputado federal pelo... PSDB, da turma do Rodoanel. Quando Aguiar foi nomeado para o TCU, em abril de 2001, ninguém no jornalismo corporativo teceu qualquer crítica a seus vínculos partidários (você sabe quem compõe o Tribunal de Contas de seu Estado?). O silêncio se repete agora, quando o TCU se manifesta apenas contra o PAC, poupando o interminável Rodoanel.
Assim funcionam as instâncias responsáveis por fiscalizar os investimentos públicos da Copa do Mundo e das Olimpíadas. E assim reage a imprensa dita democrática, em tese dedicada a cobrar o rigor daqueles mesmos órgãos escrutinadores.
Um comentário:
Entender todos os pormenores é muito difícil . O mundo micro e macro das falcatruas. Criam -se mundos paralelos onde se faz o que quer por ter certeza do funcionamento dos meios que levam à impunidade .
É o domínio da situação sustentada pelo poder .É preciso sentir mais do que ânsia . É uma ciência muito interessante e muito mistificada pela ignorância.Entender a realidade é a melhor oposição.
A fantástica fábrica de miseráveis
com umpa lumpas favelados controlados pela polícia e pela enorme resistência da vida.
Gosto desse blog porque estou aprendendo um monte de coisas interessantes .
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