Efeitos bacanas (a aproximação rápida de imagens computadorizadas, no estilo Google Earth, continua sendo chamada de “travelling”?), visual glamoroso, Robert de Niro ligado no modo “boca torta”, algum suspense. Um detalhe divertido é reconhecer as obras de Mark Rothko (supostamente originais colecionados pelo magnata de Niro) penduradas nos escritórios junto às janelas, tomando sol e vento, sem qualquer proteção.
O diretor, Neil Burger, não é mau. Só que a boa premissa do roteiro poderia ter ganhado mais capricho no desenvolvimento, adicionando-se, por exemplo, uns toques grandiloqüentes ao estilo de “A Origem” ou “Matrix”. Vamos ter de esperar alguns anos até que alguém confira a essa história de superdroga fazedora de gênios a devida atenção. Por falar em exploração das zonas subutilizadas do cérebro, Timothy Leary e Albert Hofmann apoiariam a idéia enfaticamente.
Um comentário:
Engraçado é que quando ele ficou "inteligente" o primeiro sinal disso foi que ele se destacou entre os executivos do mercado financeiro. Como se fosse uma questão de inteligência se dar bem por ali, e não uma questão de informações privilegiadas e um certo grau de banditismo....
Por outro lado gostei muito do fato de que ele só conseguiu conversar de igual para igual com as mulheres depois de utilizar 100% do cérebro, isso é bem real.
Mas o filme é ótimo, dá para fingir que é apenas um deboche com os valores neoliberais e relaxar. Eu ri muito com os efeitos da pílula que ele toma, as cenas da "viagem" dele são muito divertidas.
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