“Maconha serve de remédio desde sempre. O primeiro tratado de ervas medicinais que se conhece, o Pen Tsao, concebido há 4.700 anos na China, já incluía referência destacada à canábis, e há registros de usos médicos em praticamente todas as civilizações antigas. Extrato de canábis era remédio na Índia desde a Antigüidade e, quando os ingleses chegaram lá, logo descobriram suas virtudes medicinais. Por isso o Império Britânico exportava extrato de canábis, que era vendido em farmácias do mundo todo, e provavelmente foi o anestésico mais usado contra dor de cabeça até o século XIX, quando a aspirina foi inventada.
A planta também era importantíssima na economia mundial, já que a fibra de seu caule, o cânhamo, era a principal matéria-prima de tecidos e papéis. Tecidos de cânhamo foram empregados nas telas de pintores da Renascença, nas velas dos barcos das Grandes Navegações e no papel da Declaração de Direitos que fundou os Estados Unidos da América.
Além disso, há relatos de uso ritual da canábis em várias partes do mundo. Um dos relatos mais célebres é o do historiador grego Heródoto, que, no século V antes de Cristo, descreveu o hábito dos citas, antigo povo do Oriente Médio e da Ásia Central, de, quando um rei morria, se fechar numa tenda de tecido, aquecer rochas até elas ficarem incandescentes e jogar maconha nas brasas, para produzir uma sauna psicoativa. No seu livro História, Heródoto compara o efeito da maconha nos homens enlutados ao do vinho entre os gregos: ‘Quanto mais sementes atiram ao fogo, mais se embriagam, até o momento em que se levantam e se põem todos a cantar de prazer’. O relato de Heródoto ganhou credibilidade em 1929, quando uma escavação arqueológica na Ásia Central encontrou restos de maconha torrada junto à estrutura de uma tenda, numa tumba cita antiga”.
Trecho de “O fim da guerra”, Denis Russo Burgierman (pp. 67/68)
A planta também era importantíssima na economia mundial, já que a fibra de seu caule, o cânhamo, era a principal matéria-prima de tecidos e papéis. Tecidos de cânhamo foram empregados nas telas de pintores da Renascença, nas velas dos barcos das Grandes Navegações e no papel da Declaração de Direitos que fundou os Estados Unidos da América.
Além disso, há relatos de uso ritual da canábis em várias partes do mundo. Um dos relatos mais célebres é o do historiador grego Heródoto, que, no século V antes de Cristo, descreveu o hábito dos citas, antigo povo do Oriente Médio e da Ásia Central, de, quando um rei morria, se fechar numa tenda de tecido, aquecer rochas até elas ficarem incandescentes e jogar maconha nas brasas, para produzir uma sauna psicoativa. No seu livro História, Heródoto compara o efeito da maconha nos homens enlutados ao do vinho entre os gregos: ‘Quanto mais sementes atiram ao fogo, mais se embriagam, até o momento em que se levantam e se põem todos a cantar de prazer’. O relato de Heródoto ganhou credibilidade em 1929, quando uma escavação arqueológica na Ásia Central encontrou restos de maconha torrada junto à estrutura de uma tenda, numa tumba cita antiga”.
Trecho de “O fim da guerra”, Denis Russo Burgierman (pp. 67/68)
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