Você acredita que o dano ambiental das sacolas plásticas foi exagerado para vetar sua distribuição gratuita e assim aumentar as vendas desses insumos? Economiza água, eletricidade e combustível, separa o lixo criteriosamente, escolhe produtos orgânicos, resiste ao consumismo desenfreado e afinal gostaria que seus esforços cotidianos pela preservação dos recursos naturais fossem devidamente reconhecidos? Cansou de ser lesado/a por superstições ecológicas que servem apenas para inocentar os verdadeiros poluidores e enriquecer os oportunistas que bancam lobbies nos parlamentos?
Então, meu caro consumidor, minha querida cidadã, se os legisladores ainda não obrigaram a venda de embalagens plásticas onde você mora, trate de provisioná-las antes que seja tarde. Em São Paulo, por exemplo, o arbítrio começa a valer em janeiro.
Mande às favas a consciência pesada: os políticos não estão de fato preocupados com o planeta – se estivessem, obrigariam a distribuição gratuita das ótimas sacolas retornáveis ou de embalagens reforçadas de papel, tratariam de investir na separação e na reciclagem do lixo e, principalmente, fechariam as indústrias que despejam toneladas de espuma fétida nos rios de todas as metrópoles. Não, políticos e supermercadistas só querem o suado larjã do contribuinte. E as pequenas contravenções que alimentarão seu estoque (se é que de fato podem ser consideradas irregulares) ajudarão a salvar o planeta como você tanto fez até agora e continuará fazendo.
Transforme a visita aos supermercados, quitandas e empórios numa batalha pela própria integridade pessoal. Preocupe-se apenas em ludibriar os vigilantes do estabelecimento. Para o lixo doméstico, prefira aqueles sacos transparentes destinados a frutas e legumes: possuem diversos tamanhos, adequados à lixeira de casa, e são mais fáceis de furtar. Pegue quantos puder, enchendo os bolsos, espalhando volumes. Um limão, um saco. Uma pêra, outro saco. Arranca, arranca, arranca, guarda tudo, arranca outro e só então mete nele uma batata. Nos caixas, insira cada pequeno objeto em sacolas separadas. Quando ninguém estiver olhando, surrupie um chumaço e enfie junto às compras.
Depois cuide do tesouro, sabendo que cedo ou tarde ele será item de contrabandista. Esteja atento a novas oportunidades. “Quer uma sacolinha?” Sim, sempre. Várias. Mesmo que pequeníssimas, pois haverá lixinhos no carro, no escritório, para o Lulu incontinente. E, bolas, todos precisamos carregar coisas em suportes com alças.
Talvez seja um paliativo para gastos inevitáveis, mas não deixa de representar alguma economia (cada saquinho pode custar R$ 0,50 no varejo), especialmente para quem possui famílias numerosas. E sempre restará o alento de contrariar, mesmo que por poucos meses, esses energúmenos que se apropriam das boas causas.
Então, meu caro consumidor, minha querida cidadã, se os legisladores ainda não obrigaram a venda de embalagens plásticas onde você mora, trate de provisioná-las antes que seja tarde. Em São Paulo, por exemplo, o arbítrio começa a valer em janeiro.
Mande às favas a consciência pesada: os políticos não estão de fato preocupados com o planeta – se estivessem, obrigariam a distribuição gratuita das ótimas sacolas retornáveis ou de embalagens reforçadas de papel, tratariam de investir na separação e na reciclagem do lixo e, principalmente, fechariam as indústrias que despejam toneladas de espuma fétida nos rios de todas as metrópoles. Não, políticos e supermercadistas só querem o suado larjã do contribuinte. E as pequenas contravenções que alimentarão seu estoque (se é que de fato podem ser consideradas irregulares) ajudarão a salvar o planeta como você tanto fez até agora e continuará fazendo.
Transforme a visita aos supermercados, quitandas e empórios numa batalha pela própria integridade pessoal. Preocupe-se apenas em ludibriar os vigilantes do estabelecimento. Para o lixo doméstico, prefira aqueles sacos transparentes destinados a frutas e legumes: possuem diversos tamanhos, adequados à lixeira de casa, e são mais fáceis de furtar. Pegue quantos puder, enchendo os bolsos, espalhando volumes. Um limão, um saco. Uma pêra, outro saco. Arranca, arranca, arranca, guarda tudo, arranca outro e só então mete nele uma batata. Nos caixas, insira cada pequeno objeto em sacolas separadas. Quando ninguém estiver olhando, surrupie um chumaço e enfie junto às compras.
Depois cuide do tesouro, sabendo que cedo ou tarde ele será item de contrabandista. Esteja atento a novas oportunidades. “Quer uma sacolinha?” Sim, sempre. Várias. Mesmo que pequeníssimas, pois haverá lixinhos no carro, no escritório, para o Lulu incontinente. E, bolas, todos precisamos carregar coisas em suportes com alças.
Talvez seja um paliativo para gastos inevitáveis, mas não deixa de representar alguma economia (cada saquinho pode custar R$ 0,50 no varejo), especialmente para quem possui famílias numerosas. E sempre restará o alento de contrariar, mesmo que por poucos meses, esses energúmenos que se apropriam das boas causas.
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