As condenações de José Genoino e José Dirceu
sempre estiveram entre os objetivos maiores do julgamento no STF. Desde muito
cedo ficou evidente que ali se orquestrava um ritual político de previsível desfecho. Agora também compreendemos o método incomum de votação adotado por
Joaquim Barbosa: além de promover a sangria cíclica e continuada de todas as
reputações envolvidas, permitia o sacrifício dos protagonistas nos últimos dias
que antecederam o primeiro turno eleitoral. A estratégia falhou por um atraso
qualquer nos procedimentos, mas parece bastante clara.
Esse clima partidário talvez desapareça no dia 28
de outubro, quando os ministros magicamente recuperarem a pose serena que seus
cargos e a história do tribunal exigem. Até lá, serão transformados em cabos eleitorais oposicionistas, já não importa se voluntários ou a contragosto, na última
e desesperada tentativa dos grandes veículos de comunicação para influenciar os
votos decisivos. Quem lamentava o empobrecimento programático das campanhas
municipais não perde por esperar.
4 comentários:
Concordo inteiramente com você. Que coisa mais lamentável! Na total ausência de propostas e programas de interesse político para a população, a "oposição" se põe a martelar esse falso moralismo com o apoio da mídia e do STF. É um grande empobrecimento da cena política brasileira, sem dúvida. Mas que tem custado a liberdade de grandes brasileiros. Só podemos lamentar por isso.
Essa Vania é mais petista que o Guilherme, a diferença é que ela assume ("grandes brasileiros" é dose).
Em Tempo, a campanha continua:
Joaquim Barbosa para presidente do Brasil.
O maior problema, na minha opinião, é que ainda uma parcela significativa das população não enxerga todo esse circo armado e não questionam pq, em outros governos, esse mesmo "Superior" Tribunal não teve a mesma postura com casos muito mais escandalosos. Não juntam duas peças e não veem que a votação casou com as eleições e que ela é política.
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