O governo Geraldo Alckmin conseguiu materializar
um pesadelo que o orgulho paulista há pouco julgava irrealizável: a participação de policiais e outros funcionários públicos nos grupos de
extermínio que espalham chacinas pela periferia paulistana. Algo
que estávamos acostumados a assistir somente nas apocalípticas coberturas
globais do cotidiano carioca transforma-se em cena cotidiana do centro empresarial do país.
Não se trata “apenas” do fracasso administrativo
no combate ao crime organizado, mas de uma putrefação institucional que desafia
a própria autoridade civil eleita com base na suposta excelência
administrativa. Em seu continuado esforço para preservar o governador Geraldo
Alckmin, Ministério Público e Assembléia Legislativa tornaram-se cúmplices das
mortes de tantos civis inocentes. E a imprensa local, que abdica tão
rapidamente das prerrogativas republicanas quando estas deixam de servir-lhe, contribui
para a impunidade dos assassinos.
Vê-se o quanto a onda moralista do noticiário é
genuína e apartidária.
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