Em sua coluna semanal na Folha de São Paulo,
Contardo Calligaris apresenta o tema do filme e levanta discussões possíveis. O
autor é favorável à prescrição de medicamentos para pacientes psiquiátricos,
mas o enredo suscita dúvidas, inclusive sobre se este é o verdadeiro debate a
realizar. Prefiro a indefinição da abordagem ficcional.
Vários aspectos narrativos repetem os melhores
trabalhos de Steven Soderbergh: as ótimas interpretações, com destaque para Rooney
Mara; a fotografia, a cargo do próprio diretor (sob o costumeiro pseudônimo
Peter Andrews), numa interessante opção pelos tons pastéis e escuros; e,
especialmente, a preferência pelos personagens ambíguos.
A verossimilhança de tudo é bem discutível, mas não
podemos esquecer de que se trata de um exercício de gênero, com inspirações hitchcockianas
evidentes. Há certa aflição “esquizofrênica” nos enquadramentos e nas
expressões faciais, que lembra os suspenses psicológicos franceses, tipo os de
Claude Chabrol e Henri-Georges Clouzot.
2 comentários:
Se era para escrever isto, deveria ter optado por nada, que horrível.
Só posso pensar que vc não entendeu o filme. Afinal devo ou não assistir.
Ana, você pode observar nos meus textos sobre filmes que eu não faço crítica cinematográfica tradicional, do tipo spoiler e nota de jurado de concurso. Esta já aparece na mídia por aí. Faço apenas um comentário descritivo em torno de temas que julgo interessantes. Não que eu tenha "entendido" mesmo qualquer coisa. A princípio, salvo contrariedades bastante explícitas, a simples menção da obra já é um convite à audiência. Mas jamais teria a menor pretensão de dizer aos queridos leitores o que eles devem ou não assistir.
Abraço do
Guilherme
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