As questões envolvendo a Petrobras possuem aquela
natureza temerária e nebulosa que a maioria dos espectadores só conhece pelos
suspenses hollywoodianos. O montante das transações e o peso dos interesses
envolvidos transformam o ramo petrolífero num antro de maldades que escapam à
compreensão dos pobres mortais. Se o poder persuasivo dos gigantes
inescrupulosos que dominam o meio ficasse apenas na riqueza financeira, já
seria avassalador.
A mídia corporativa é o lado mais frágil e
corruptível desse jogo. E seus “analistas de mercado” dispensam apresentações.
Somando a tudo isso o oportunismo político-eleitoral da direita privatista, é
fácil concluir que não será na grande imprensa brasileira que teremos fontes
confiáveis para entender a estranhíssima onda de ataques à estatal e ao governo
Dilma Rousseff.
A polêmica sobre a refinaria de Pasadena atinge
uma relevante infra-estrutura brasileira instalada numa região estratégica dos
EUA. Um canal de escoamento para o maior mercado consumidor de petróleo do
mundo. Às vésperas da explosão produtiva do pré-sal. E ainda ficam repetindo
que o imbróglio se resume aos valores investidos e a umas planilhas técnicas.
O encontro com as informações relevantes que a
imprensa vem ignorando mostra que as confusões em torno do caso Pasadena ultrapassam
o nível da pura ingenuidade.
3 comentários:
O maior inimigo do Brasil hoje é a mídia a serviço de banqueiros e especuladores.
só para parabenizá-lo pelo seu comentário lá no Balaio do Kotscho.
Voltarei com mais tempo para conhecer este seu espaço.
Obrigado, Everaldo.
Participe sempre, ok?
Abs
Guilherme
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