Alguns jornalistas indignaram-se com as ofensas de
setores das arquibancadas contra a presidenta Dilma Rousseff. Mas é fácil agora
criticar um comportamento que a própria mídia insuflou sistematicamente ao
longo dos últimos anos.
Se os nobres comentaristas tivessem atuado com responsabilidade
e rigor investigativo, questionando as mentiras e deturpações proferidas acerca
da Copa do Mundo em vez de reproduzi-las, talvez hoje o nível dos debates fosse
menos polarizado e medíocre.
Em vez de fazerem um pouquinho de jornalismo, os
colunistas preferiram agir como se fossem militantes de botequim. Sabendo que
cedo ou tarde teriam de aderir ao evento, quiseram garantir uma imagem tortuosa
de independência, atirando bobagens a esmo, talvez porque apostassem que um
fracasso da Copa viria confirmá-las.
Esse populismo apenas fortaleceu a “elite branca” e os
reacionários hidrófobos que acham correto insultar um chefe de Estado num evento internacional. A crônica esportiva não queria seduzi-los? Pois então
que se vire com seus novos amiguinhos.
Um comentário:
Imprensa vil.
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