Andam exagerando a importância do planejamento e
da administração no título da Alemanha. A Asociación del Futbol Argentino não é
nenhum baluarte nesses quesitos e seu time perdeu a final com um gol no segundo
tempo da prorrogação. Dando um belo calor nos festejados germânicos.
Se fatores gerenciais decidissem torneios, a
história do futebol seria outra. O Brasil talvez jamais tivesse conquistado
sequer uma Copa. Não haveria surpresa, sorte e azar, superações e falhas
individuais.
Além disso, precisamos ter cuidado ao incensar
demais os primores da Alemanha. As máfias de apostas e os esquemas de compra de
resultado, para não citar patologias coletivas de triste permanência, afastam o
país de um modelo inquestionável.
O “projeto alemão” é competente em diversas áreas,
inclusive no marketing que seduz os seus anfitriões de ego machucado. Evitemos,
pois, confundir o título alheio com a imagem que fazemos dos vencedores. Esse
equívoco nos levaria a alimentar utopias que apenas ocultariam a real natureza
do nosso fracasso.
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