quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Você sabe com quem está falando?















Num exemplo mundial de presteza judiciária, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro já referendou a condenação da fiscal que negara a divindade do juiz infrator. Pois, como sabemos, lembrar a humanidade do magistrado causa-lhe sérios danos morais.

O Brasil é o paraíso da carteirada. O império do bacharel que exige ser chamado de “dotô”, do “adevogado” petulante que fura a fila porque se acha “otoridade”. Só ele pode estacionar em local proibido, guiar bêbado, elidir seus tributos malandramente. E cana pros petistas imundos.

Nada no caso deveria causar surpresa, muito menos a proteção corporativista da egrégia corte. Esses personagens asquerosos são produtos da mesma cultura cartorária que sustenta a OAB e os conselhos profissionais de toda estirpe. Os abusos de Joaquim Barbosa não foram tolerados à toa.

Se o juiz tem esse comportamento social, fico imaginando as centenas de decisões que tomou, envolvendo os destinos dos pobres mortais sem carteirinhas.

Um comentário:

lzkarol disse...

Meu pai, que só adotou a cidadania brasileira no fim da vida, disse-me um dia: "Neste país o melhor é fazer tudo para ficar longe da Justiça"