O show da interminável Madonna tem provocado certa mobilização jornalística em torno de irregularidades cometidas pela empresa que comanda a venda de ingressos, a Time 4 Fun. O Procon diz que fiscalizará (veja aqui).
Não parece haver casualidade ou puro espírito público na iniciativa da imprensa. O que está por trás dela é difícil precisar. O fato é que há anos existem incontáveis problemas com a venda de ingressos para espetáculos de grande porte – e ninguém, nunca, fez qualquer coisa a respeito.
Os preços são exorbitantes. Cobra-se uma absurda taxa de “conveniência” (20%) para compras fora das bilheterias. As meias-entradas evaporam. Nas primeiras horas, todos os sistemas computadorizados dos pontos de venda estão misteriosamente fora do ar; quando misteriosamente voltam a funcionar, misteriosamente esgotaram-se os ingressos mais baratos. Este é o estilo Ticketmaster de lesão aos direitos do consumidor e, pelo que se vê, representa um padrão do mercado.
Some-se a tudo isso o desrespeito perpetrado pelas casas de espetáculos e temos uma boa oportunidade para testar a eficácia do Procon.
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