A última rodada do Campeonato Paulista prova que os estaduais podem ser eletrizantes e imprevisíveis. A proposta de extingui-los é uma reação ao sucesso dos times do interior, que não têm chances numa disputa em pontos corridos e seriam impedidos de participar dos regionais. A pauperização dos “pequenos” é conseqüência do longo e sistemático favorecimento aos clubes das capitais; não tem nada a ver com a fórmula ou a abrangência da disputa.
Caso a arbitragem não impeça o Grêmio Prudente de avançar às semifinais, a crônica logo começará a atacá-lo. É como se o futebol de um time patrocinado pelo Poder Público fosse menos digno do que o financiado por multinacionais. Como se um “clube-empresa” que recebe privilégios da quadrilha da bola merecesse melhor sorte do que um adversário com estrutura semelhante e menos poder de influência.
Mudam as moscas
A mídia silencia sobre as eleições no Clube dos Treze. Por que não divulga os votos de cada presidente de clube? Os torcedores não têm direito de saber? Tudo acontecerá no melhor estilo mafioso, com dissimulações, chantagens e benefícios escusos.
O Clube dos Treze é o câncer que corrói as entranhas do futebol nacional. A destruição dos times interioranos e a fuga de jogadores para o exterior foram seus únicos legados. O controle do esporte mais importante do país por uma corja de cartolas e empresários insulta qualquer inteligência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário