Dos concorrentes ao Oscar, o melhor que vi até agora. Cada enquadramento é tenso, angustiante, plasticamente perfeito. Mérito da câmera subjetiva empunhada com maestria pelo fotógrafo Matthew Libatique.
O filme concentra as qualidades que já viraram marcas registradas do excelente diretor Darren Aronofsky: elenco impecável, tema pesado e obsessivo, apuro estético. Há também referências aos universos de dois mestres contemporâneos, David Lynch (o onírico, a loucura) e David Cronenberg (a transmutação corporal, a autodestruição).
O cinema de Aronofsky é difícil mesmo. Está longe do entretenimento, embora não fuja de certos efeitos “empáticos”, sem os quais tudo ficaria insuportável. Parte da crítica repudia o jovem diretor, usando argumentos que apenas comprovam sua força.
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