quarta-feira, 16 de março de 2011

O PT que sabe compor

A reeleição de Barros Munhoz traz pouca novidade ao repertório de infâmias da Assembléia paulista. A divulgação do escândalo envolvendo o deputado serviu apenas para constranger seus apoiadores, pois ocorreu convenientemente na véspera do pleito, quando todos os conchavos haviam sido feitos. Agora é melhor esquecer o assunto, para não contrariar os planos do nobre governador Alckmin.

Mas a rapidez com que a pauta foi abafada também serviu para apaziguar o embaraço do PT, que participou ativamente da vitória de Munhoz, talvez em troca de cargos e outras benesses regionais. Justamente quando pode e precisa fazer um escarcéu, lançando candidato próprio, usando a hipocrisia vexatória da grande imprensa contra seus apaniguados, o partido corre para debaixo da asa negra da pior direita paulista.

Deu para entender por que as candidaturas petistas nunca parecem realmente dispostas a vencer o PSDB no Estado?

2 comentários:

Anônimo disse...

Preciso, Scalzilli, o PT paulista não passa de um apêndice do PSDB/DEM, um Partido dos Tucanos. Basta ver os mais de 60 pedidos de CPI's que em épocas eleitorais ele alega terem sido barrados: são anódinos, mal escritos, sem conteúdo, insustentáveis; parece nem ao menos terem passado pelo amorfo Rui Tucano, um ex-jornalista competente a seu tempo. Na hora de escolher candidatos, selecionam os mais antipáticos e sem propostas à altura das necessidades paulistas. Na hora de propor comissões, ao invés de encher o Ibirapuera com as vítimas dos desmandos peéssedebistas desde antes da posse, perdem a primazia na fila e até contam com a simpatia de seu grande aliado, Barros Munhoz - tudo em troca de mais quatro anos de ostracismo régiamente pago por nós, que saímos à rua para criá-lo, numa época em que os dirigentes sindicais ainda dependiam da mensalidade dos sindicalizados para sobreviverem, e não desse cala-boca chamado Imposto Sindical. Uma afronta, em síntese.

Revista em História disse...

Cada vez mais, me convenço que este modelo político e democrático seja 100% ineficiente.

George M. Tavares