segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O mensalão da Alesp



Sob o prestimoso silêncio da mídia demotucana e o peculiar conformismo da esquerda local, a Assembléia Legislativa de São Paulo começou a enterrar a denúncia de que os deputados recebem propinas para incluir emendas no Orçamento. Como em qualquer CPI que se ameaça no Estado, tudo será decidido sob sigilo e cairá no esquecimento antes de chegar a domínio público.

O deputado Roque Barbiere pertence ao mesmo PTB de Roberto Jefferson, a primeira e maior fonte do escândalo que em 2005 ganhou a alcunha “mensalão”. O paralelo também ajuda a perceber as semelhanças entre as supostas irregularidades das duas épocas, além de adicionar mais um episódio vexatório às reputações dos fariseus.

Mas agora as coisas transcorrerão de maneira um pouco diferente. Embora sejam fáceis de averiguar, as inconfidências de Barbiere não causarão investigações por parte dos jornais e revistas sediados em São Paulo, nem o deputado concederá aquelas entrevistas dedurando nomes e cifras, e muito menos surgirão bravos procuradores dispostos a perseguir as “quadrilhas” legislativas que desviam verbas públicas para os financiadores de suas campanhas.

Cadê a turma das passeatas? Cansou?

Um comentário:

Jair disse...

Mandou bem, Guilherme. E onde estava a imprensa na hora em que o Roberto Jeferson negou o mensalão? Abraço.