quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

“Ar de Arestas”

















Chegou o novo livro do consagrado Iacyr Anderson Freitas. Sua poesia, que dispensa apresentações redundantes, vem acompanhada por fotografias expressivas de Ozias Filho. A edição, caprichadíssima, é da paulistana Escrituras e tem posfácios de Paulo Henriques Brito e Susana Paiva.

As estrofes iniciais já anunciam a força da obra:

Tão de leve principia
que em nada, quando começa,
lembra o calor de seu dia,
armado de tanta pressa.

Armado de nervos, quinas,
um ardor de mil arestas,
capaz de aguçar esquinas
no inferno de suas festas.

Inferno puro: sem mais
entendimento que o guarde
- livre de incêndios e sais -
na memória, cedo ou tarde.

9 comentários:

Paulo Andrade disse...

Eis, a linguagem sempre depurada pela experiência de Iacyr Anderson.
Paulo Andrade

Paulo Andrade disse...

Eis a linguagem depurada, madura e curtida de Iacyr Anderson.

Salomão Sousa disse...

Acompanho a poesia de Iacyr Anderson Freitas desdr à época da solidificação das pedras. Não é uma poesia que nasce inútil ou para a futilidade. Mas para essa circulação homérica de desbravar as ameaças dos ares e dis mares. Renasço a cada retorno à porsia de Anderson Freitas Andrade.

Salomão Sousa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Salomão Sousa disse...

Acompanho a poesia de Iacyr Anderson Freitas desdr à época da solidificação das pedras. Não é uma poesia que nasce inútil ou para a futilidade. Mas para essa circulação homérica de desbravar as ameaças dos ares e dis mares. Renasço a cada retorno à porsia de Anderson Freitas Andrade.

césar brandão disse...

Acompanho o trabalho de Iacyr, somos amigos, desde início de 1980. Já tive até a honra de fazer um tralho de arte para ilustrar poema sobre Sísifo. Ler qualquer um dos livros de Iacyr é sinônimo de qualidade, prazer... excelente autor (poesia, prosa, crônicas, etc). Ar de Arestas é ótimo.
César Brandão, artista plástico

Taveira disse...

Sobre "Ar de Arestas", que li com indisfarçado prazer, já fiz comentário sobre artigo de Nilto Maciel publicado no Literatura sem fronteiras. Mas reitero a minha impressão: poesia construída com apuro técnico e conhecimento de causa, que a filia à poética de João Cabral de Melo Neto. Parabéns pelo blog e por esse artigo sobre o livro de Iacyr Anderson Freitas. João Carlos Taveira

ReginaLyra disse...

Sempre é muito bom retornar a poesia de Iacyr. Poeta de palavras certas. Versos de indisfarçável energia. Poemas que se dirigem ao leitor, agradecido lê e retorna. A poesia de Iacyr não é fácil, necessário se faz novas leituras e assim navegar na desenvoltura do poeta e sua poesia. Grande abraço.

Anônimo disse...

Grande Poeta Iacyr
Que suas estradas sejam ferteis de palavras e rimas
Um abraço do amigo

Marcio Burgos