sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Murro



É um equívoco repudiar a Lei da Palmada como intervenção excessiva do Estado. Ao contrário de não-fumantes, de torcedores e de quase todos os marmanjos do país, crianças precisam que o Poder Público as defenda. Elas não conseguem, sozinhas, impedir que um simples tapa de advertência se transforme num espancamento bárbaro.

Quem defende o papel “didático” da agressão física deveria tomar uma bela muqueta na idéia toda vez que infringisse uma lei de trânsito. Só pra deixar de ser imbecil. De novo: esses brucutus são machos perto dos pequenos, mas afinam rapidinho para gente do seu tamanho. Covardes.

Não deixemos de notar, porém, que o Estatuto da Criança e do Adolescente justifica a inconstitucional censura à manifestação artística, mas é insuficiente para coibir o que de fato importa. Mas espera um pouco. Para quê serve o ECA, mesmo?

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