É impossível fazer um balanço a partir da gigantesca lista de lançamentos do ano. Distribuidores, circuito exibidor e tevês a cabo simplesmente ignoram a maior parte da produção não-estadunidense, como se ela não existisse, ou como se uns burocratas grosseirões soubessem onde queremos mergulhar nossas retinas cansadas.
O cinema descoberto em 2009 veio de anos passados, assim como o cinema realizado em 2009 apenas será conhecido aos poucos, nos anos vindouros. Faltou conhecer “Anticristo”, “Avatar”, “Budapeste”, “É proibido fumar”, “Jean Charles”, “Atividade paranormal”, “A teta assustada”, “A fita branca”, “Aconteceu em Woodstock” e por aí vai. Abordei aqui “Foi apenas um sonho”, “Árido movie”, “Amantes”, “Gamer”, “Che” e “Bastardos inglórios”, mas este se revela um apanhado extremamente restrito de todo o cinema consumido, quase diariamente, em doze meses de poltrona.
Algumas surpresas positivas, que a preguiça ou o esquecimento me impediram de mencionar: “Deixa ela entrar” (Tomas Alfredson), “Revanche” (Götz Spielmann), “Feliz Natal” (Selton Mello), “O Lutador” (Darren Aronofsky), “Gran Torino” (Clint Eastwood), “Milk” (Gus Van Sant), entre outros. No calor do momento, fica a impressão de que vivemos tempos particularmente profícuos para a cultura cinematográfica. Mesmo considerando a quantidade de porcarias caça-níqueis, é um ambiente alvissareiro que não percebíamos há pouco.
3 comentários:
Que venham os de 2010 !!!
Com bastante subjetividade se for possível.
Guilherme,
concordo com você, tivemos bons filmes esse ano. Desses ai só não vi o "Gamer", de quem é?
Então, vale a pena ver o “Aconteceu em Woodstock”, despretensioso, mas muito divertido.
Abraços.
Anônimo, "Gamer" foi dirigido por Brian Taylor e Mark Neveldine, jovens cineastas que costumam se dedicar a produções de ação. Mas, como disse na postagem, não espere grande coisa.
Citarei aqui "Woodstock" assim que o conhecer. Obrigado pela dica.
Abraços do
Guilherme
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