sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pedro Kilkerry (1885-1917)

O Verme e a Estrela

Agora sabes que sou verme.
Agora, sei da tua luz.
Se não notei minha epiderme...
É, nunca estrela eu te supus.
Mas, se cantar pudesse um verme,
Eu cantaria a tua luz!

E eras assim... Por que não deste
Um raio, brando, ao teu viver?
Não te lembrava. Azul-celeste
O céu, talvez, não pôde ser...
Mas, ora! Enfim, por que não deste
Somente um raio ao teu viver?

Olho, examino-me a epiderme,
Olho e não vejo a tua luz!
Vamos que sou, talvez, um verme...
Estrela nunca eu te supus!
Olho, examino-me a epiderme...
Ceguei! Ceguei da tua luz?

2 comentários:

Anônimo disse...

Cadê o Bourdoukan, pelo amor de Deus ??!!

Unknown disse...

Oi Anônimo, dê uma olhada ali:
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/o-blog-do-bourdoukan/
Abs
Guilherme