Os vereadores de Campinas mantiveram o ex-presidente da Casa, Pedro Serafim (PDT), no cargo de prefeito. Nenhuma novidade, portanto, no quadro de abandono que vigora na cidade há tempos. De fato, a idéia era colar um remendo com certa aparência de seriedade sobre a fratura exposta que a própria Câmara engendrou.
Querem nos convencer de que a “eleição” prejudica Jonas Donizette (PSB), que se unirá ao PSDB para disputar a prefeitura em outubro. Falso. Tucano recém-convertido, com mínimas chances no pleito majoritário, Serafim uniu os interesses da direita local (talvez construindo as bases para uma candidatura a deputado), tanto que já empossou diversos antigos correligionários em cargos de confiança. A manutenção desse estado de coisas beneficia Donizette, preservando-lhe o discurso de regeneração moral enquanto silenciosamente fortalece os seus inevitáveis apoiadores.
O PT faria um grande favor a si mesmo descobrindo como conseguiu se meter nas maiores enrascadas políticas da história campineira recente. Seria mais proveitoso que reclamar do abandono do PSB. Aliás, para que serve o PSB mesmo?
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