segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Bugalhos
















Há duas maneiras de mensurar a distância entre as concessões promovidas pelo governo Dilma Rousseff e as privatizações democtucanas.

A primeira é medir os custos de ambas as modalidades para o contribuinte. Os pedágios paulistas, por exemplo, à luz de similares federais (e não só federais) em todo o país. A segunda pesa o valor institucional da operação a partir do benefício gerado para as entidades particulares contempladas. Quanto lucram? Que garantias e contrapartidas oferecem? Que objetivos almejam?

Assim descobrimos que as concessões de Dilma buscam harmonizar interesses públicos e privados com critérios de eficácia administrativa, nos quais o preço das tarifas tem papel fundamental. Esse padrão vigora em países da Europa ocidental que não mantêm o sistema estatal puro.

E veremos que os leilões da direita neoliberal brasileira partiram de princípios opostos. Voltando aos exemplos internacionais, encontramos um bom parâmetro no desmonte do Estado russo após a abertura econômica dos anos 80. É o domínio dos monopólios eternos, da ineficácia impune, das tarifas escorchantes e inquestionáveis, dos lobbies que pressionam agências, secretarias, tribunais, Legislativos.

Mas é claro que você não verá comparações desse tipo na imprensa oposicionista.

Um comentário:

Vania disse...

Não mesmo. Desde janeiro de 2003, a "imprensa" nativa só faz obscurecer todas as iniciativas dos governos do PT. Todas, sem exceção! Ora com escândalos, ora com temas irrelevantes que ocupam todas as manchetes, ora distorcendo os métodos empregados pelo governo. Enfim, se quisermos saber exatamente o que está acontecendo, temos de fazer isso aqui: ler os blogs inteligentes (como este seu) e debater em alto nível. O resto é pura perda de tempo!