quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Pleno

















A taxa de desemprego no país atinge a marca de 5,3%. Na Europa, a Alemanha (5,4%) é a única potência industrial a se aproximar desse índice, enquanto outros países tidos como socialmente igualitários superam-no com folga: os desempregados chegam a 7,8% da população economicamente ativa na Suécia, a 7,9% na Grã-Bretanha, a 8,1% na Dinamarca, a 10,8% na França e a inimagináveis 25% na Espanha e na Grécia. Nos EUA, a fatia beira 8%.

É verdade que o imaginário do “pleno emprego” brasileiro esconde aproximações discutíveis e sérias fragilidades estruturais. Mas também não custa lembrar que problemas similares acometem as outras nações comparadas, especialmente por causa da predominância da mão-de-obra estrangeira, que oscila entre a ilegalidade e o descaso estatal.

A antiga obsessão da imprensa oposicionista em vaticinar que o país incorporou a crise mundial talvez ganhe fôlego entre setores da opinião pública amestrados pela simbologia do crescimento econômico. Basta uma visita às regiões de comércio popular ou aos shopping centers de qualquer cidade grande, durante as próximas semanas, para descobrirmos se a população está mesmo preocupada com a evolução do PIB.

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