O enredo já foi contado mil e uma vezes,
ambientado em quartéis, hospitais, ringues, companhias de dança e até, como
aqui, escolas de música. Também podemos fazer restrições a furos do texto, à
verossimilhança, à apologia do sacrifício, ao desfecho.
Pouco importa. A trilha sonora é excelente, e as
cenas de números musicais chegam a emocionar os aficionados. O sempre ótimo J. K. Simmons comprova sua versatilidade num papel que poderia descambar para a
caricatura. O jovem Milles Teller (“The Spetacular Now”) enfrenta o enorme desafio
com bastante dignidade.
A fotografia, talvez premida por limitações
orçamentárias, faz uma acertada opção pelos planos fechados, sob luzes duras,
que realçam a claustrofobia das situações e o rosto expressivo de Simmons. Mas
é a edição impecável de Tom Cross que confere o verdadeiro brilho técnico do
filme.
Dá vontade de aprender bateria.
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