sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

“Whiplash”

 
















O enredo já foi contado mil e uma vezes, ambientado em quartéis, hospitais, ringues, companhias de dança e até, como aqui, escolas de música. Também podemos fazer restrições a furos do texto, à verossimilhança, à apologia do sacrifício, ao desfecho.

Pouco importa. A trilha sonora é excelente, e as cenas de números musicais chegam a emocionar os aficionados. O sempre ótimo J. K. Simmons comprova sua versatilidade num papel que poderia descambar para a caricatura. O jovem Milles Teller (“The Spetacular Now”) enfrenta o enorme desafio com bastante dignidade.

A fotografia, talvez premida por limitações orçamentárias, faz uma acertada opção pelos planos fechados, sob luzes duras, que realçam a claustrofobia das situações e o rosto expressivo de Simmons. Mas é a edição impecável de Tom Cross que confere o verdadeiro brilho técnico do filme.
           
Dá vontade de aprender bateria.

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