sexta-feira, 17 de abril de 2015

“Mapas para as estrelas”


















Retrato impiedoso do universo das celebridades midiáticas, hollywoodianas em particular. Diálogos contundentes e personagens cruéis, que chegam a soar engraçados de tão verossímeis e repugnantes. Um pequeno tratado sobre o cinismo habilmente construído pelo roteirista Bruce Wagner.

O estilo inconfundível de David Cronenberg dá solidez à abordagem, no estranhamento (e na deformação) dos corpos, na sexualidade latente e tortuosa, nas composições visuais que sempre têm algo de incômodo. Também na direção do elenco estelar, com destaque para Julianne Moore, premiada em Cannes pelo filme.

Muito se especula sobre os subtextos e as alegorias do enredo. Acho mais seguro apostar nas óbvias dicotomias (fogo e água, sonho e realidade, passado e presente) e naquilo que elas sugerem sobre o mundo sombrio do entretenimento.

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