sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

“O quarto de Jack”






















O enredo faz pouco para construir sua verossimilhança, a ponto de ganhar um viés meio alegórico. Não chega a lhe fazer mal. O drama de mulheres nessa situação dificilmente seria palatável para as plateias familiares sob luzes realistas.

Deve render um Oscar a Brie Larson, ótima atriz oriunda do universo independente (no sentido que a palavra adquiriu a partir do seleto festival de Sundance). Ela pareceu melhor em “Short Term 12”, mas aqui mantém sua capacidade de conferir solidez a personagens difíceis, que outras intérpretes mergulhariam no chororô vazio.

Não sei se o filme permite muitas lucubrações além do tema central da maternidade, mas já é um tópico sensível e abordado com delicadeza. Além da protagonista, vale pelo desenho de som e pela maneira interessante como o roteiro se estrutura, em duas partes, com um clímax precoce a dividi-las.

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