quinta-feira, 1 de março de 2012

Rodou



Após cerca de vinte anos a serviço do preconceito e da arrogância, as portas giratórias começam a ser extintas das agências bancárias. Aconteceu que os bancos tiveram enormes prejuízos com a fuga de clientes e com as ações judiciais das vítimas, numa escala que nem a bandidagem foi capaz de atingir. Bem feito.

Afinal, valeram os árduos minutos de escarcéu protagonizados por cidadãos cônscios de seus direitos, sob o riso amarelo dos conformados. E, principalmente, valeu a perseverança daqueles que não engoliram a humilhação e lutaram até o fim para indenizá-la, contra todas as expectativas contrárias. Não estávamos assim tão malucos, hein, senhores gerentes?

Torçamos para que a iniciativa chegue também às instituições federais. As milícias privadas zelando pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica são particularmente hábeis na arte do desrespeito e da discriminação. O problema é que ali as indenizações atingem apenas o bolso do próprio contribuinte...

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