sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

“A Grande Beleza”


















Interessante mosaico de reflexões sobre um leque vasto de temas. A memória, a arte contemporânea e a decadência moral das classes abastadas fornecem os momentos mais líricos e divertidos. Para os amantes das paisagens romanas, é um deleite interminável.

Mas o sucesso estrondoso que angariou junto à crítica merece contrapontos. As homenagens ao cinema italiano são demasiado explícitas e repetitivas, chegando a usar as mesmas locações dos clássicos. Federico Fellini, particularmente, “A Doce Vida” e “Oito e Meio”. A reverência excessiva talvez alimente o ar nostálgico do enredo, mas enfraquece um pouco o tratamento diferenciado de Paolo Sorrentino.

Vale assisti-lo porque é superior a quase todas as ofertas oscarizáveis, inclusive as estadunidenses. E por se tratar de um diretor relevante, cujas obras invulgares às vezes causam algum estranhamento, mas nunca passam despercebidas.

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