quinta-feira, 27 de março de 2014

Boatobras
















As questões envolvendo a Petrobras possuem aquela natureza temerária e nebulosa que a maioria dos espectadores só conhece pelos suspenses hollywoodianos. O montante das transações e o peso dos interesses envolvidos transformam o ramo petrolífero num antro de maldades que escapam à compreensão dos pobres mortais. Se o poder persuasivo dos gigantes inescrupulosos que dominam o meio ficasse apenas na riqueza financeira, já seria avassalador.

A mídia corporativa é o lado mais frágil e corruptível desse jogo. E seus “analistas de mercado” dispensam apresentações. Somando a tudo isso o oportunismo político-eleitoral da direita privatista, é fácil concluir que não será na grande imprensa brasileira que teremos fontes confiáveis para entender a estranhíssima onda de ataques à estatal e ao governo Dilma Rousseff.

A polêmica sobre a refinaria de Pasadena atinge uma relevante infra-estrutura brasileira instalada numa região estratégica dos EUA. Um canal de escoamento para o maior mercado consumidor de petróleo do mundo. Às vésperas da explosão produtiva do pré-sal. E ainda ficam repetindo que o imbróglio se resume aos valores investidos e a umas planilhas técnicas.

O encontro com as informações relevantes que a imprensa vem ignorando mostra que as confusões em torno do caso Pasadena ultrapassam o nível da pura ingenuidade.

3 comentários:

RLocatelli Digital disse...

O maior inimigo do Brasil hoje é a mídia a serviço de banqueiros e especuladores.

everaldo disse...

só para parabenizá-lo pelo seu comentário lá no Balaio do Kotscho.
Voltarei com mais tempo para conhecer este seu espaço.

Unknown disse...

Obrigado, Everaldo.
Participe sempre, ok?
Abs
Guilherme