Conhecendo os meandros das pesquisas de intenção
de voto, é temerário confiar cegamente nos seus resultados parciais. Os
institutos até conhecem estatísticas bastante exatas sobre o eleitorado, mas
isso não quer dizer que as divulguem com fidelidade e transparência. Tampouco há
possibilidade de comprovar eventuais manipulações.
O que podemos aferir é a reação de certos setores
que possuem acesso privilegiado aos índices secretos: os colunistas partidários, os agentes financeiros e os coordenadores de campanha. A
indignação do opinionismo tendencioso, a queda na Bolsa de Valores e a guinada
agressiva das propagandas da oposição revelam muito mais do que as curvas das
enquetes. Ou melhor, ganham sentido especial à luz dos números divulgados.
Somando os indícios que transparecem nessa fase de
lenta definição do quadro eleitoral, a situação da candidatura de Dilma
Rousseff deve ser bem melhor do que sugerem os levantamentos. Nós próximos dias
entenderemos por que todos parecem hoje tão conformados e pessimistas.
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