O Tribunal Superior Eleitoral proibiu as campanhas
de veicular material negativo sobre os adversários. Sob a ótica da disputa,
essa medida beneficia apenas Aécio Neves. Os ataques a Dilma Rousseff
continuarão, diariamente, na mídia corporativa. Censuradas na propaganda
petista, as denúncias contra o tucano desaparecerão.
Canetada esperta: empurra os debates para terreno
favorável ao discurso novidadeiro do candidato de FHC. Tudo que Aécio precisa
agora é limpar sua imagem dos podres que escancaram a falsidade da “mudança”
que a torna palatável.
A campanha dilmista poderia aproveitar a piada
inevitável da mordaça “propositiva”. Talvez defendendo uma legislação que impeça
a candidatura de ex-governadores que usaram dinheiro público para instalar
aeroportos nas terras de suas famílias. E outra lei cassando mandatos de
legisladores que fogem do bafômetro.
Mas falando sério. Algo está muito errado quando
magistrados interferem na pauta eleitoral, mudando as regras no meio do
processo. Pior ainda quando o fazem para calar informações relevantes sobre a
índole de alguém que tenta ser presidente da República.
Se o nepotismo e a irresponsabilidade (e a
hipocrisia e o passado nebuloso) são detalhes insignificantes de um candidato,
qualquer mandrião pode chegar ao Planalto. Basta que o sacrossanto Judiciário
impeça os eleitores de conhecerem o bandido que os engana.
A sucessão transcorre muito bem, portanto, de
forma igualitária, justa e equilibrada.
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