Imaginemos uma situação hipotética, totalmente
fictícia e inverossímil.
O piloto do helicóptero dos Perrella, recentemente
flagrado transportando cocaína, faz um acordo de delação premiada com a
Justiça. Papo vai, papo vem, a dois dias da eleição presidencial, certa revista
despeja um milhão de exemplares nas bancas com uma foto sombria de Aécio Neves e
a frase: Ele sabia do pó. Sem aspas.
A mesma imagem percorre o país em centenas de
outdoors estrategicamente montados perto de locais de votação. A mídia impressa
repercute a bomba, multiplicando seu alcance. Faltando menos de 12 horas para o
início do pleito, a rede Globo divulga em rede nacional a “matéria” da revista.
Nada comprova a acusação. Não ha sequer a certeza de
que alguém disse mesmo a frase divulgada. Há apenas possíveis ligações políticas do tucano com a família proprietária da aeronave apreendida. E uma
suposta fonte bandida, que não dá entrevistas.
A resposta judicial de Aécio à revista seria chamada
de “censura”? A publicação ficaria impune? Os veículos deixariam de averiguar a
veracidade dos ataques? A campanha de Aécio continuaria sendo acusada de jogar sujo para vencer a eleição?
Então. Pois é.
Nenhum comentário:
Postar um comentário