O imbróglio jurídico em torno da distribuição de
sacolas plásticas no comércio levanta uma dúvida simples: a única alternativa
“ecologicamente correta” implica o prejuízo do consumidor? Tão preocupados com
o meio-ambiente, por que os supermercados não fornecem sacolas reutilizáveis,
inclusive adaptadas para o transporte do lixo?
É típico do autoritarismo cientificista
transformar o assunto num problema educativo, como se houvesse apenas uma versão
correta do que é “melhor para a sociedade”. O cidadão que enxerga nisso tudo
uma tremenda hipocrisia de vendedores gananciosos encarna o herege ignorante do
culto racional à deusa Ciência.
Claro, culpar o contribuinte pelo desastre
planetário é mais fácil do que enfrentar os verdadeiros dilemas da questão. A consciência ecológica parece muito bacana até mexer com os lucros do
empresariado.
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