sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

“Foxcatcher”


















Vale ao menos para conhecer a curiosa história real que, contrariando o subtítulo imbecil em português, passou despercebida na época. As insinuações eróticas, as ambiguidades do protagonista e o tratamento visual esmerado para o estranho universo da luta greco-romana distinguem o filme de seus congêneres esportivos.

O diretor Benett Miller tem reconhecido talento para a biografia, especialmente sobre personagens complicados. Aqui ele busca um trato realista, algo melancólico, próximo dos filmes dos anos 1970 (lembra os policiais de Don Siegel e os dramas de Alan J. Pakula e John Frankenheimer).

As interpretações têm o vigor e a correção de tom que marcaram os outros trabalhos de Miller. Bem menos harmoniosa, porém, é a maquiagem meio caricatural de Steve Carell, que talvez tenha ofuscado a sua inspirada composição.

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