Vale ao menos para conhecer a curiosa história
real que, contrariando o subtítulo imbecil em português, passou despercebida na
época. As insinuações eróticas, as ambiguidades do protagonista e o tratamento
visual esmerado para o estranho universo da luta greco-romana distinguem o
filme de seus congêneres esportivos.
O diretor Benett Miller tem reconhecido talento
para a biografia, especialmente sobre personagens complicados. Aqui ele busca
um trato realista, algo melancólico, próximo dos filmes dos anos 1970 (lembra
os policiais de Don Siegel e os dramas de Alan J. Pakula e John Frankenheimer).
As interpretações têm o vigor e a correção de tom
que marcaram os outros trabalhos de Miller. Bem menos harmoniosa, porém, é a
maquiagem meio caricatural de Steve Carell, que talvez tenha ofuscado a sua inspirada
composição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário