Grandes empresários financiam a propaganda dos atos
nas redes sociais e até em panfletagens de rua. Suas corporações estão envolvidas
com parlamentares, governantes, instituições bancárias e especuladores financeiros.
O PSDB e agregados mobilizam recursos humanos,
técnicos e econômicos na realização dos protestos. A tese golpista do
impeachment sempre teve apoio do tucanato, para desestabilizar o país visando
benefícios eleitoreiros.
Eis os interesses que patrocinam as manifestações.
Elas não são gestos espontâneos da sociedade, mas eventos realizados por
entidades poderosas que instrumentalizam o ressentimento antipetista e a
desinformação de setores do público.
Se visassem a corrupção, os protestos também exigiriam
as renúncias de Geraldo Alckmin e José Serra, por conta das máfias metroviárias paulistas.
Se respondessem à incompetência administrativa,
culpariam Alckmin pelos inúmeros problemas de São Paulo e Beto Richa pelo caos no
Paraná.
Se defendessem a moralidade, atacariam FHC, que teve
a reeleição comprada e nomeou Renan Calheiros ministro da Justiça; Aécio Neves,
que construiu um aeroporto nas terras de sua família; e Eduardo Azeredo,
envolvido com o mensalão mineiro.
As passeatas organizam-se de maneira nebulosa e
reivindicam pautas manipuladas. Os vícios talvez não anulem sua legitimidade,
mas revelam a natureza partidária e maliciosa de uma iniciativa que se
apresenta como idônea e republicana.
Quem participa desse teatro imaginando promover
melhorias para o país é apenas inocente útil a serviço de cínicos. Incapaz de perder uma eleição com dignidade, a
direita brasileira continua precisando de marchas familiares para ganhar relevância.
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