Comédia baseada no conflito de gerações,
incrementada por uma intriga secundária que lembra o clássico “A malvada” (Joseph
L. Mankiewicz, 1950). O que importa, como de hábito na obra de Noah Baumbach, é
sua enorme habilidade em elaborar personagens críveis, geralmente artistas que enfrentam
a falta de perspectiva e o fracasso.
O conjunto parece acadêmico, de uma caretice que
costuma aproximar Baumbach de Woody Allen. Mas em ambos os casos o interesse
não reside no âmbito estético, e sim no textual, na reflexão simpática e algo
inofensiva sobre certo universo de valores.
Dentro dessa proposta, resulta muito bem-sucedido.
Os diálogos certeiros e as referências culturais engendram alguns momentos
hilariantes. Para quem já vislumbrou a tal crise da meia-idade, pode ser uma diversão quase terapêutica.
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