sexta-feira, 26 de junho de 2015

"Enquanto somos jovens"


















Comédia baseada no conflito de gerações, incrementada por uma intriga secundária que lembra o clássico “A malvada” (Joseph L. Mankiewicz, 1950). O que importa, como de hábito na obra de Noah Baumbach, é sua enorme habilidade em elaborar personagens críveis, geralmente artistas que enfrentam a falta de perspectiva e o fracasso.

O conjunto parece acadêmico, de uma caretice que costuma aproximar Baumbach de Woody Allen. Mas em ambos os casos o interesse não reside no âmbito estético, e sim no textual, na reflexão simpática e algo inofensiva sobre certo universo de valores.

Dentro dessa proposta, resulta muito bem-sucedido. Os diálogos certeiros e as referências culturais engendram alguns momentos hilariantes. Para quem já vislumbrou a tal crise da meia-idade, pode ser uma diversão quase terapêutica.

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