segunda-feira, 22 de junho de 2015

Perderam a noção do ridículo






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A viagem dos senadores demotucanos à Venezuela, com suas patuscadas amadorísticas, incrementa o repertório de vergonhas alheias protagonizadas pela oposição. A comédia ganha um ar melancólico, porém, quando lembramos que ali estavam pessoas que pretendem governar o país.

Nem precisávamos usar a memória. Tudo foi típico de uma encenação para filme televisivo de campanha eleitoral: a fila de parlamentares engravatados, avançando como trupe de banda roqueira, mártires das nobres causas, indignados, convictos, sitiados pelos zumbis carnívoros.

E jornalistas diplomados contribuem para criar o efeito documental da palhaçada. Sem o apoio da mídia corporativa, os heróis pareceriam apenas uns patetas fujões criando factoide com dinheiro público. Pobrezinhos, pegaram congestionamento, foram “hostilizados” e tiveram de voltar correndo!

Gargalhadas à parte, há um sério risco na gradativa naturalização dessas excrescências caricatas. Acostumando-se a tolerar os fanfarrões, o eleitorado adota a imbecilidade que eles promovem. E o ridículo vira modelo de propaganda.

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