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A viagem dos senadores demotucanos à Venezuela,
com suas patuscadas amadorísticas, incrementa o repertório de vergonhas alheias
protagonizadas pela oposição. A comédia ganha um ar melancólico, porém, quando lembramos
que ali estavam pessoas que pretendem governar o país.
Nem precisávamos usar a memória. Tudo foi típico de
uma encenação para filme televisivo de campanha eleitoral: a fila de parlamentares
engravatados, avançando como trupe de banda roqueira, mártires das nobres
causas, indignados, convictos, sitiados pelos zumbis carnívoros.
E jornalistas diplomados contribuem para criar o
efeito documental da palhaçada. Sem o apoio da mídia corporativa, os heróis
pareceriam apenas uns patetas fujões criando factoide com dinheiro público. Pobrezinhos,
pegaram congestionamento, foram “hostilizados” e tiveram de voltar correndo!
Gargalhadas à parte, há um sério risco na
gradativa naturalização dessas excrescências caricatas. Acostumando-se a
tolerar os fanfarrões, o eleitorado adota a imbecilidade que eles promovem. E o
ridículo vira modelo de propaganda.
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