As primeiras reações à morte de Eduardo Campos
antecipam certas tendências da mídia corporativa nos próximos meses da campanha
eleitoral. A principal delas (e a mais despudorada) é a tentativa de transformar
Marina Silva na mártir da causa oposicionista.
Depoimentos e análises parecem quase aliviados
diante da tragédia, chegando ao cúmulo de insinuar que o antipetismo ganha novas esperanças. Embora
Eduardo seja descrito como símbolo de renovação política, sua ausência incorpora
esse objetivo com mais eficácia do que ele mesmo jamais conseguiu.
Temos pela frente um tenebroso período de
especulações investigativas, boatos irresponsáveis e louvaminhas hipócritas. O
tão desejado embate de plataformas administrativas saiu definitivamente do
processo sucessório.
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