O artigo “Me engana que eu gosto”, de Eliane “Gente!” Cantanhêde, publicado na Folha de São Paulo,
é uma pérola da manipulação eleitoral. Merece estudos acadêmicos o modo como
estabelece mentiras sob o pretexto de combatê-las.
Afirma que Dilma Rousseff
quer “vender” Marina Silva como “‘elite branca’”, “deformando a cor” da
pessebista para lhe dar um aspecto “de direita” que não teria nada a ver com a
“Marina real”. Esta, nos diz Eliane, é um “Lula de saias”.
Repito: Eliane
Cantanhêde escreve que Marina Silva é o “Lula de saias” para reclamar da propaganda
enganosa do PT.
O texto chega ao
disparate de insinuar que os eleitores de Dilma são “idiotas”, “imbecis”,
“manipuláveis”, “pendurados nas boquinhas e verbonas”. E sacramenta: “Para cair
no engodo [a campanha petista] só por ignorância ou por má-fé, pura e simples”.
Numa sociedade ideal,
Eliane seria convidada judicialmente a provar as graves deformações e os
preconceitos que acusa.
Afinal, se alguém
escrevesse o mesmo sobre a jornalista, sugerindo que ela desrespeita a etnia
dos adversários porque suga as “boquinhas e verbonas” que seu marido
marqueteiro arranjou nas campanhas que fez para o PSDB, certamente levaria um
processo na ideia. Comentado pelos “especialistas” da Folha.
Mas
deixe estar. O desespero de Eliane é sempre um bom sinal.
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