O que soa esquisito na campanha pelo impeachment é
sua consecução atabalhoada. Não há embasamento legal, estratégia coordenada, senso
de oportunidade. Uma causa que poderia ganhar força com o mínimo de esperteza desgasta-se
na precipitação e na verborragia fanática.
Serve como prova da inevitável longevidade do
espírito golpista, mas para chegar a articulação efetiva falta muita
consistência político-social. Nem mesmo a hipótese de que se busca desgastar a
imagem de Dilma Rousseff me parece exata como artimanha consciente e
organizada.
Por que tanta afoiteza? Meu palpite é que as
investigações sobre a Petrobrás atingiram o governo FHC e até alguns membros da
cúpula tucana, além de parlamentares de outras legendas. E que esse fato chegou
aos ouvidos prestigiados pelos vazamentos seletivos do Judiciário.
A Lava Jato possui dois desfechos possíveis: uma desmoralizante
pizza de manobras judiciais ou um terremoto multipartidário de proporções
inéditas. Em ambos os casos o PT deixará o foco dos ataques, com chance de reverter
o ônus à sua imagem.
Os astutos já perceberam que a sanha justiceira da
oposição pode se transformar na sua própria tragédia. Nesse contexto, a absurda
pauta do impeachment parece mais fruto de temor do que de convicção.
Um comentário:
e com a Bomba detonada pelo escandalo do HSBC,a Midia tenta de qualquer jeito salvar essa golpe a jato tentando canonizar o Moro! com tem tucano gordo e global nessa historinha,a Midia(doida para dar 20 TRILHÕES DE REAIS da Petrobras e Pré-Sal aos Estados Unidos!),já está abafando o caso dessa"golpe a jato"! bote desespero nisso!
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