quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Dilma estava entrando na deles














A troca na direção da Petrobrás marca o início do novo mandato de Dilma Rousseff. É uma boa notícia por diversos aspectos, mas principalmente porque mostra o governo deixando de agir em função do noticiário catastrofista.

Até agora o Planalto parecia contaminado pelo vírus da crise avassaladora. Nem mesmo o índice de desemprego abaixo de 5% (entre os menores do mundo) era capaz de injetar um pouco de otimismo na cúpula governista.

Esse é o antigo problema de reverberar a mídia corporativa: cedo ou tarde a mentira cola por insistência. Passamos a acreditar que a realidade é feita só dos problemas que o jornalismo seleciona e supervaloriza.

A gestão de Graça Foster na Petrobrás vinha cometendo erros típicos da somatização depressiva. Quando rompia o silêncio temeroso, a predisposição ao colapso fornecia ainda mais material para que ele se reproduzisse no imaginário popular.

Realmente faltam rudimentos de comunicação ao governo. Sua incapacidade de rebater os boatos mais estapafúrdios beira o amadorismo. E o desprezo da presidenta pela negociação política tem algo de arrogante, para não dizer autoritário.

Acima de tudo, porém, falta-lhe atitude propositiva. O ímpeto vencedor que a oposição tenta ofuscar desde o primeiro momento. Assim que Dilma recuperar a altivez, o resto virá no embalo.

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