Num exemplo mundial de presteza judiciária, o Tribunal
de Justiça do Rio de Janeiro já referendou a condenação da fiscal que negara a
divindade do juiz infrator. Pois, como sabemos, lembrar a humanidade do
magistrado causa-lhe sérios danos morais.
O Brasil é o paraíso da carteirada. O império do
bacharel que exige ser chamado de “dotô”, do “adevogado” petulante que fura a
fila porque se acha “otoridade”. Só ele pode estacionar em local proibido, guiar
bêbado, elidir seus tributos malandramente. E cana pros petistas imundos.
Nada no caso deveria causar surpresa, muito menos
a proteção corporativista da egrégia corte. Esses personagens asquerosos são
produtos da mesma cultura cartorária que sustenta a OAB e os conselhos profissionais de toda estirpe. Os abusos de Joaquim Barbosa não foram tolerados
à toa.
Se o juiz tem esse comportamento social, fico imaginando
as centenas de decisões que tomou, envolvendo os destinos dos pobres mortais
sem carteirinhas.
Um comentário:
Meu pai, que só adotou a cidadania brasileira no fim da vida, disse-me um dia: "Neste país o melhor é fazer tudo para ficar longe da Justiça"
Postar um comentário